A Reforma Tributária, já em discussão no Congresso, promete simplificar a cobrança de impostos, mas pode trazer surpresas para quem atua na área da saúde. Entre as mudanças, está a criação de uma alíquota única para serviços, que inclui clínicas médicas, podendo elevar significativamente a carga tributária dessas empresas. Especialistas alertam que, dependendo do modelo de negócio, o aumento pode comprometer a margem de lucro.
Hoje, muitas clínicas se beneficiam de regimes como o Simples Nacional ou de alíquotas diferenciadas no ISS. Com a nova proposta, a substituição de tributos por um imposto sobre valor agregado (IVA) tende a padronizar as cobranças, retirando vantagens que reduzem a tributação. Essa uniformização preocupa gestores, pois impacta diretamente o planejamento financeiro e a precificação dos serviços oferecidos aos pacientes.
Para evitar prejuízos, advogados e consultores tributários recomendam que clínicas médicas iniciem desde já um diagnóstico detalhado de seus contratos e regimes fiscais. A antecipação é essencial para buscar alternativas legais, como reestruturação societária ou revisão de enquadramento tributário, garantindo que a clínica continue competitiva e em conformidade com a nova legislação.