
Enfrentar um processo ético no Conselho Regional de Medicina (CRM) é um dos maiores desafios na carreira de qualquer médico. Esse processo pode ser desencadeado por denúncias de pacientes, familiares ou até mesmo por informações veiculadas na mídia. O procedimento inicia-se com uma sindicância, uma investigação preliminar que busca esclarecer os fatos antes de uma possível instauração de processo ético-disciplinar (PEP). Durante a sindicância, o médico tem a oportunidade de apresentar sua versão dos fatos, documentos e testemunhas. Embora a presença de um advogado não seja obrigatória nessa fase, ela é altamente recomendada. A falta de orientação jurídica pode resultar em falhas que comprometem a defesa, levando à instauração do PEP, que é mais complexo e demorado.
A defesa no PEP é uma etapa crucial, onde o médico deve apresentar argumentos sólidos para contestar as acusações. É nesse momento que se define se a infração ética ocorreu e qual será a penalidade aplicada, que pode variar de advertência confidencial até a cassação do registro profissional. A presença de um advogado especializado é essencial para garantir que todos os direitos do médico sejam respeitados e que a defesa seja conduzida de forma estratégica e eficaz. Além disso, o advogado pode auxiliar na coleta de provas, na indicação de testemunhas e na elaboração de uma sustentação oral convincente durante o julgamento.
Portanto, ao ser notificado sobre uma sindicância ou processo ético no CRM, é fundamental agir rapidamente e buscar a orientação de um advogado especializado em Direito Médico. A demora ou a autodefesa podem prejudicar gravemente a reputação e a carreira do profissional. Lembre-se: um passo em falso pode ser irreversível. Proteger sua prática médica é proteger seu futuro profissional.