A informação que você não deu ao paciente pode custar caro!

Em meio à rotina agitada de atendimentos, muitos profissionais da saúde acabam deixando de lado um aspecto essencial da prática médica: a informação clara e completa ao paciente. O que parece um simples detalhe pode se transformar em um grande problema jurídico. A falta de comunicação adequada sobre riscos, alternativas de tratamento ou efeitos colaterais pode ser interpretada como negligência informacional, um conceito cada vez mais reconhecido em processos éticos e judiciais contra médicos e clínicas.

A negligência informacional ocorre quando o paciente não recebe as orientações necessárias para tomar decisões conscientes sobre seu tratamento. A ausência de consentimento informado, por exemplo, pode gerar indenizações significativas e sanções éticas, mesmo que o procedimento tenha sido tecnicamente correto. Essa tendência vem se ampliando com o fortalecimento da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e a valorização da autonomia do paciente, que deve ser tratado não apenas como receptor de cuidados, mas como parte ativa do processo terapêutico.

Por isso, clínicas e profissionais precisam adotar práticas de comunicação mais transparentes e documentadas. Termos de consentimento, registros de orientações e prontuários bem preenchidos são fundamentais para comprovar que o paciente foi informado adequadamente. No fim das contas, informar bem é também se proteger — uma atitude que reforça a confiança, a ética e a segurança jurídica dentro da relação médico-paciente.

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